Encerramento das atualizações do blog

Caros amigos,

Depois de 11 anos, decidi que infelizmente é hora de encerrar as atualizações neste blog. Na verdade, nos últimos anos o ritmo de atualizações já tinha diminuído bastante, sendo limitado ao meu período de férias da faculdade. Tinha planos de voltar ao nível antigo a partir de 2021, oferecendo a média que existiu até 2015, que girava em torno de 180 postagens, mas vendo as estatísticas de visitação acabei mudando de ideia.

Pela primeira vez desde sua criação o blog passou por dias em que não recebeu nenhuma visita, algo que jamais ocorrera. Levando em conta que no passado era comum finalizar o ano com mais de 20 mil visitas, o cenário atual é desanimador.

É certo que muitos abandonaram o hobby desde 2009, que muitas emissoras igualmente nos deixaram, mas principalmente a forma de consumir conteúdo sobre o nosso hobby mudou, não necessariamente para melhor. Em um sentido totalmente inverso, meu canal no YouTube tem, no momento, uma média de 5 mil visualizações por mês e crescendo. Igualmente diversos são os grupos sobre o hobby no Facebook. Tenho muitas reservas quanto há isso, pois a narrativa em mídias como essas são bem mais pobres quando se pensa em compartilhar conteúdo técnico, entretanto é algo que realmente não posso fazer nada para mudar.

Isso não apenas é reflexo de como o nosso povo consome conteúdo na internet como o fato de não existir também há mais de uma década sequer um clube Dexista capaz de oferecer conteúdo de qualidade ou mesmo sem interesses “ocultos”, transmitindo assim uma maior centralidade e noção de pertencimento.

Eu continuarei ativo no hobby, assim como estou há 26 anos quase ininterruptos. Tenho muitos projetos em mente, emissoras para ouvir e confirmar, igualmente muito o que aprender, seja na prática em frente ao rádio ou lendo revistas, livros, etc – sim, a leitura é essencial para a formação de um verdadeiro Dexista!

Não vou apagar o blog pois acredito que possa servir de repositório de conteúdo para quem tiver interesse, mas a partir de agora ele não receberá novas atualizações, a não ser que estatísticas futuras mostrem que a narrativa textual volte a ter importância, algo que considero absolutamente improvável.

Gostaria de agradecer a todos que estiveram aqui durante estes 11 anos. Por meio deste trabalho solitário busquei mostrar que é possível praticar o hobby de forma séria e principalmente independente de personalismos, interesses escusos e pessoas desagregadoras que ao ao longo dos anos corroeram instituições que tinham de tudo para contribuir grandemente para a prática do Dexismo em nosso país.

Como disse, continuo ativo no hobby e você poderá me encontrar nas seguintes redes sociais:

YouTube – youtube.com/regionaldx

Instagram – instagram.com/regionaldxoficial

Facebook – facebook.com/regionaldx

Um forte 73 e tudo de bom!

Rádio Universitária – Goiânia/GO

O número de emissoras universitárias presentes na faixa de ondas médias é relativamente pequeno em nosso país, motivo que torna esta gravação um item importante neste acervo.

A Rádio Universitária foi captada em Guareí/SP na frequência de 870 kHz conforme áudio abaixo:

Pohorje

Das poucas tentativas de confirmar navios captados em modo DSC, esta foi uma das raras confirmações obtidas. Neste caso, infelizmente o envelope tomou um verdadeiro banho, chegou todo amassado, com o carimbo borrado e a confirmação ficou quase inutilizada.

Árvores da Califórnia usadas como antenas

Adrian M. Peterson

A experiência na transmissão e recepção de sinais de rádio com uma árvore formando o sistema de antena começou aqui na Califórnia durante o ano de 1904. Os dois locais para essas experiências interessantes foram a área de San Francisco, e o experimentaor foi George Owen Squier, que tornou-se o general George Squier, Oficial Che de Sinais Exército dos Estados Unidos em sua sede geral em Washington.

Eu (Ray Robinson, KVOH) verifiquei a data deste caso como o dia 1º de abril, mas acho que realmente aconteceu e George Squier provou que as árvores podem ser usadas não apenas para suportar um sistema de antena, mas também para realmente funcionar como tais.

Os locais da Califórnia para sua série inicial de experimentos foram Camp Atascadero, na beira do riacho em Atascadero Creek, perto de Santa Barbara, Califórnia, cerca de 160 quilômetros ao norte de Los Angeles, e também em Fort Mason, nos limites da baía de San Francisco. Sem dúvida, as hidrovias próximas melhoraram essas transmissões no ano de 1904.

George Squier descobriu que os melhores resultados no uso de uma árvore como sistema de antena eram obtidos ao colocar um prego nela e prender um fio. A árvore precisa estar viva e, de preferência, com um dossel cheio de folhas; assim, com um bom fluxo de seiva interna no tronco da árvore. Uma árvore morta não funciona satisfatoriamente como antena de rádio.

Durante os trágicos dias da Primeira Guerra Mundial, algumas das estações da Signal Corps em diferentes áreas dos Estados Unidos e em outros lugares foram instruídas a experimentar o uso de árvores vivas como antena, tanto para transmissão quanto para recepção. Foi descoberto que o desempenho de uma árvore como antena era realmente igual ao de um fio aleatório, com a vantagem adicional de menos estática.

Após uma série de experiências na Califórnia com os famosos eucaliptos importados da Austrália, o próprio Squire reiniciou uma nova série de experimentos quinze anos depois (1919), desta vez nos arredores de Washington. Com o equipamento instalado em uma cabana simples e uma árvore próxima como antena, ele pôde sintonizar sinais em Código Morse do outro lado do Atlântico, da estação alemã de alta potência em Nauen, além de estações em francês e inglês e também de navios no mar.

Surpreendentemente, foi descoberto que a mesma árvore poderia ser usada como antena, bem como o sistema de aterramento. A rede de fio simples usada como contrapeso de aterramento também teve êxito. No entanto, se fios individuais são colocados no chão como contrapeso, o sinal de uma direção específica é aprimorado com um aumento no número de fios de contrapeso na mesma direção.

Os melhores resultados foram obtidos quando a haste da antena foi enfiada no tronco da árvore a cerca de dois terços da altura total. Um único prego, de preferência de cobre, e não ferro, que enferruja, funciona satisfatoriamente, embora um número máximo de seis ou oito pregos melhore os sinais recebidos.

Os sinais recebidos não são diminuídos se receptores adicionais forem conectados diretamente ao tronco da árvore. Além disso, descobriu-se que a antena em árvore pode ser usada de maneira igualmente eficaz em qualquer ponto do espectro; ondas longas, ondas médias ou ondas curtas.

Os sinais fio recebidos por meio de uma árvore não são afetados pela chuva, nem por outras árvores próximas, e o tipo de árvore aparentemente não faz diferença. As comunicações em código Morse, bem como fonia, podem ser prontamente realizadas com o uso de uma árvore em cada extremidade, tanto para transmissão quanto para recepção.

Experimentos científicos adicionais no uso do crescimento da floresta tropical como antena de rádio foram realizados pelo exército americano no Panamá em 1972. Foi descoberto que as árvores formam uma antena melhor do que as samambaias ou outras formas menos desenvolvidas de vegetação rasteira. Também foi descoberto que a intensidadede um sinal transmitido é aumentada se um transformador toroidal correspondente for inserido entre o final da linha de alimentação e o ponto de inserção na árvore.

Também se pode acrescentar que o uso de árvores como sistema de antena para sinais de rádio recebeu atenção durante a Guerra do Vietnã nas décadas de 1960 e 1970. Embora em algumas ocasiões essa atividade tenha sido outra onda de experimentação adicional, houve muitas ocasiões notáveis ​​em que se tornou uma forma rápida e fácil de realidade prática.

Atualmente, há um pequeno grupo de operadores internacionais de rádio amador que estão experimentando antenas de árvores. Este procedimento é uma novidade para eles, pois é um procedimento experimental.

E enquanto falamos de árvores em associação com o rádio, há outra forma de experimentação com árvores que é de interesse real.

Em 2005, Chris Lagadinos, presidente da MagCap nos Estados Unidos, começou a experimentar o uso de uma árvore como fonte natural de energia elétrica. Ele desenvolveu sua nova teoria sobre o fato de que as árvores costumam ser alvo de descargas elétricas durante tempestades.

Ele descobriu que uma corrente contínua irregular de baixo nível fluirá através de um fio conectado entre um espeto metálico em uma árvore e uma haste no solo. O nível elétrico é medido em torno de ¾ de um volt e, em uma série em cascata de circuitos de suavização, o nível elétrico pode realmente ser aumentado para cerca de 12V a 1A. Curiosamente, o nível de potência é mais alto durante o inverno, quando a árvore tem muita folhagem.

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Radio Mineria

Flâmula bastante chamativa desta que foi mais uma entre tantas emissoras mantidas por sindicatos de mineradores bolivianos e que tem verdadeira importância histórica.

Rádio Fluminense AM – Niterói/RJ

Com uma história bastante marcante não só no rádio do Rio de Janeiro como do Brasil, hoje é mais uma entre tantas emissoras brasileiras arrendadas a grupos religiosos. A gravação inclui identificação e mensagem de início das transmissões.

A Rádio Fluminense AM foi captada em Guareí/SP na frequência de 540 kHz conforme áudio abaixo:

Rádio Pomerode – Pomerode/SC

Mais um PPC para ajudar a manter Santa Catarina como estado líder em número de confirmações recebidas.

A radiodifusão na América Central: Belize – parte 1

Adrian M. Peterson

A nação centro-americana de Belize foi o terceiro menor país da ponte terrestre de istmo que une a América do Norte à América do Sul. O menor país da América Central era a Zona do Canal do Panamá, um país temporário que foi escavado no Panamá em 1903, e que ficou sob a autoridade dos Estados Unidos por três quartos de século antes de ser reintegrado ao Panamá.

O segundo menor país da América Central, ou agora o menor desde que a Zona do Canal do Panamá não existe mais, é El Salvador, que fica na costa oeste do istmo, junto à Guatemala e Honduras. El Salvador tem a maior densidade populacional da América Central.

Em seguida, vem Belize, na costa do Caribe, e embora agora seja o segundo menor país da América Central, tem a menor densidade populacional, com um total de apenas trezentos mil. Belize tem apenas 290 km de comprimento por 112 de largura. Afirma-se que o governo de Belize possui 14484 km² de terras não distribuídas que podem estar disponíveis para compra e desenvolvimento.

A antiga capital também é identificada como Belize, embora a nova capital, Belmopán, ainda esteja em construção a 80 quilômetros no interior, em um esforço para evitar os frequentes e desastrosos furacões que atingem as áreas costeiras. Belize recebe 250 mil turistas a cada ano.

A maior fonte de empregos em Belize é a indústria de banana; uma de suas maiores exportações é o petróleo; o Wildlife Sanctuary é o principal local do mundo quando o assunto é a preservação da população de onças-pintadas; e o custo da eletricidade em Belize é o mais alto da América Central.

A segunda maior barreira de corais do mundo corre paralela à costa leste do país por 1365 km; apenas a Grande Barreira de Corais, na costa leste da Austrália, é mais longa. Uma das principais atrações turísticas do Recife da Barreira de Belize é o Grande Buraco Azul, que é um gigantesco poço submerso, perfeitamente redondo, com 305 metros de diâmetro por 145 de profundidade.

O Grande Buraco Azul protege mais de 500 espécies de plantas e animais que são únicos na área. Em 2012, a rede de TV americana Discovery Channel apresentou o Grande Buraco Azul como sua opção número um no topo de sua lista dos dez lugares mais incríveis do mundo.

Há dois mil anos, estima-se, a população Maia total no que é hoje Belize era de cerca de um milhão de pessoas. Quando os exploradores espanhóis chegaram quinhentos anos depois, relataram que havia três comunidades maias separadas na área. Os espanhóis estabeleceram alguns assentamentos menores em Belize, embora, quando não houvesse fontes ricas de ouro, eles partissem e se instalassem em outros lugares.

Os britânicos estabeleceram seu primeiro assentamento em Belize, ou Honduras Britânicas, como era conhecido na época, em 1638, e um comércio florescente de mogno logo foi desenvolvido para uso como madeira ornamental e uso como um forte corante de tecido. O país mudou seu nome de Honduras Britânicas para Belize em 1º de junho de 1973, e obteve sua independência da Grã-Bretanha oito anos depois, em 21 de setembro de 1981.

Durante o ano de 1911, a United Fruit Company, empresa dos Estados Unidos fez um apelo quanto ao estabelecimento de uma estação de rádio nas Honduras britânicas para auxílio ao desenvolvimento da indústria de banana. Durante o ano seguinte (1912), foram anunciados planos para a estação e um indicativo foi alocado para ela, UCF, uma relação direta à United Fruit Co.

Dois anos depois (1914), o teve início a construção de nova estação em Belize, desta vez por parte do governo britânico, não da United Fruit Co. Esta nova estação, sob o indicativo VPP, foi instalada no Campo Militar Britânico, na extremidade norte da cidade de Belize, perto da beira-mar. Duas torres altas, com 76 metros, apoiavam o sistema de antenas; e todo o equipamento elétrico foi importado dos Estados Unidos.

Dois canais de ondas longas foram escolhidos; 600 metros (500 kHz) para transmissões de comunicação geral e 1000 metros (300 kHz) para comunicação com a Ilha Swan no Caribe. Na época em que foi inaugurada (1915), os comprimentos de onda para esses dois canais de transmissão estavam listados, não no sistema métrico em metros, mas no sistema imperial em pés, como 1969 pés e 3281 pés. Todas as mensagens destinadas aos Estados Unidos e Europa foram retransmitidas de Belize através da estação na ilha Swan.

Em novembro do ano seguinte (1916), uma estação meteorológica americana passou a dividir espaço com a de rádio e os relatórios e previsões meteorológicas eram transmitidos em Código Morse para distribuição posterior nos Estados Unidos.

Durante o ano de 1920, houve a necessidade de atualizar a estação de Belize. De fato, durante o ano seguinte (1921), a revista norte-americana The Wireless Age, uma publicação da empresa Marconi em Nova York, declarou em sua edição de fevereiro que a estação de Belize tinha pouca potência e que uma estação completamente nova estava em consideração.

Três anos depois (1924), uma fotografia da cidade de Belize foi tirada de uma das torres da estação no quartel do exército, e foi publicada como um cartão postal em preto e branco. A fotografia retrata o sul ao longo da costa em direção à pequena cidade próxima.

Em meados da década de 1920, o sistema de centelhamento da estação VPP no acampamento do exército britânico foi trocado por um valvuladoe, ao mesmo tempo, uma pequena rede de estações de comunicação do país foi instalada em todo o país. Parece que o antigo indicativo de chamada VPP foi descartado nessa fase, e um novo, ZIK, foi aplicado ao novo equipamento transmissor no acampamento de Belize.

During the mid 1920s, the spark wireless system at station VPP in the British army encampment was changed over to valve/tube operation, and at the same time a small network of country communication stations was installed throughout Belize.  It would appear that the old wireless callsign VPP was discarded at that stage, and a new callsign ZIK was applied to the new transmitter equipment in the Belize encampment.

Em um próximo artigo sobre o rádio em Belize, planejamos apresentar as informações sobre seus primeiros esforços na radiodifusão.

On the next occasion when we pick up the story of the radio scene in Belize, we plan to present the information regarding their earliest endeavors at the broadcast of radio programming.

Artigo traduzido mediante autorização. A publicação em qualquer outro meio é expressamente proibida.

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Rádio Excelsior – Ibiúna/SP

Apesar da proliferação de redes não ser algo que particularmente me agrada, as de cunho religioso são bastante corretas no sentido de transmitir a identificação a cada hora.

A Rádio Excelsior foi captada em Guareí/SP na frequência de 1350 kHz conforme áudio abaixo:

Rádio Difusora – São José do Rio Pardo/SP

Mesmo não sendo tão distante, trata-se de uma captação um tanto rara. É uma entre tantas emissoras brasileiras que já abandonou as ondas médias.

A Rádio Difusora de São José do Rio Pardo/SP foi captada na frequência de 1290 kHz conforme áudio abaixo em Guareí/SP: